11.1.10

Uma lombra



Às vezes sinto estar um passo à frente de mim mesma, fora do meu ritmo. Acontece com mais alguém?

Ouço um ska delicioso num domingo ensolarado - mas lá fora fazem -5 graus. Não dá pra ir tomar uma cerveja na beira de uma piscina. Meu domingo ensolarado então fica aprisionado em meu quarto, meu corpo, uma vaga idéia. Essa sensação é muito comum por aqui.

Já percebi que muitas vezes uso a música como ponte, para tentar alcançar o estado de espírito que aquela música transmite. Será daí meu amor por reggae?
O duro é perceber que muitas vezes o reggae entra por um ouvido e sai por outro. Lá vem Bob Marley falando de amor. E só aquele jazz me atinge - a contrariar meus planos.

Às vezes visualizo demais, planejo demais. Visualizo uma Juliana saindo arrasando quarteirões por Nova Iorque; mas tem dias, como hoje, que essa Juliana não arrasará nenhum quarteirão, não adianta o tanto que tentar. Juliana ficará em casa, um copo de vinho, uma música tranquila, e, olha quem apareceu!: uma alegria.

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