2.2.10

A Metáfora



Não sei se alguém já sacou, mas eu sou uma pessoa razoavelmente reflexiva, certo?

Então, eis que hoje no metrô, voltando pra casa, me peguei pensando em coisa besta. Dessas bem bestas mesmo, do tipo "gosto de queijo". Um pouco assustada com a simplicidade do pensamento, talvez inspirada por esse mesmo fato, começo a traçar uma metáfora. Dali a bem pouco já tinha uma nova teoria sobre a verdade da vida.

Já planejando vir contar esse pequeno-grande paralelo que havia recém traçado entre besteira e a metafísica, pensei num título: uma metáfora. Me lembrei que eu já havia sim narrado não só uma, duas, mas algumas metáforas por aqui. De repente, enquanto as portas se abriam e fechavam, eu ia de uptown a downtown traçando o que só consegui chamar de A Grande Metáfora. Meu jeito de entender a vida através de coisas palpáveis, naturalmente isentas de grandes significados ou raramente usadas para explicar fenômenos psicológicos, era também uma metáfora em si. Faço com as palavras, as bobas idéias soltas, o que faço com a vida. Enquadro, controlo, faço conexões. Afasto do sentido explícito. E só assim entendo as grandes verdades.

O mais engraçado é que eu nem me lembro o que era que eu estava pensando. E toda essa história aconteceu na mesma noite em que sento aqui para narrá-la.

A metáfora veio e foi. Um símbolo, um veículo.




Assistam aqui a palestra de James Geary no TED Talks sobre as metáforas.
A propósito, já se viciaram em TED Talks hoje? =)

1 comment:

Antônio Padilha said...

Eu sim! E tb gosto de queijo e da nova cor do blog! =)