Minha cômoda estava cheia, estufada. Nada daquilo eu queria jogar fora - tudo era parte essencial do meu guarda-roupas. Mas aquela dificuldade para me vestir todo dia pela manhã me tirava a paz.
Então olhei para o lado, para o armário embutido, que sempre julguei pequenino e há tempos nem tentava encontrar mais um espaço, pequeno que fosse, ali. Então olhei para ele (por que não?) e encontrei espaço; espaço de sobra para tudo o que eu tinha. Espaço que estava sempre ali, eu só havia me esquecido.
Comecei a tirar bolos de roupas das gavetas da cômoda e distribuí-las no armário. Tudo cabia ali, espalhado, espaçado, e eu conseguia acessar facilmente todas as minhas blusas, saias, calças...
Acordei.
Estou cavucando algumas peças amassadas esquecidas nos fundos, mas sei que, no meu guarda-roupas, há espaço para elas.
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