Quando criança, eu frequentemente sentia fortes dores nos ossos dos membros, principalmente. Pernas e braços, e sempre à noite. Parecia um congelar, um jato de nitrogênio líquido diretamente nos meus ossos expostos (aprendi desde cedo na fazenda, onde era usado para congelar esperma dos bois, que nitrogênio líquido era muito gelado e até queimava), aquele frio de super-sensibilidade, como quando os dentes doem após a retirada do aparelho fixo ou ao morder um picolé gelado.
Minha mãe ou meu pai um dia me falaram "isso deve ser dor de crescimento, minha filha", e eu aceitei. Foram anos de dores e noites passadas entre papai e mamãe na cama, quando eu conseguia meu passe de livre-acesso àquela cama mais aconchegante do mundo somente com o uso das seguintes palavrinhas mágicas, sussuradas à porta: dor de crescimento.
Lembro de sentir o velho conhecido congelar-do-fêmur aos 15 anos, e pensar "mas não era pra eu estar parando de crescer, pombas?!?". E segui sentindo, ocasionalmente, mais umas vezes.
Hoje sei que não existe tal coisa como parar de crescer.
E dói, sempre dói.
E no fim, estamos maiores.
Minha mãe ou meu pai um dia me falaram "isso deve ser dor de crescimento, minha filha", e eu aceitei. Foram anos de dores e noites passadas entre papai e mamãe na cama, quando eu conseguia meu passe de livre-acesso àquela cama mais aconchegante do mundo somente com o uso das seguintes palavrinhas mágicas, sussuradas à porta: dor de crescimento.
Lembro de sentir o velho conhecido congelar-do-fêmur aos 15 anos, e pensar "mas não era pra eu estar parando de crescer, pombas?!?". E segui sentindo, ocasionalmente, mais umas vezes.
Hoje sei que não existe tal coisa como parar de crescer.
E dói, sempre dói.
E no fim, estamos maiores.
2 comments:
Que lindo!
Agora tudo ficou mais claro: tenho dor de crescimento também!
Ufa, como não havia pensado nisso antes...
Na verdade, me conforta saber que é de crescimento...
Também me confortei por aqui.. =)
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