
Caramujo que sou, carrego minha casa nas costas. Armada, arrumada, me sinto poderosa, capaz ate de quebrar o continuo tempo-espaco (que eu mesma criei). O passado, o futuro, deixam de exisitir. As realidades diferentes se mostram paralelas, caminhos possiveis.
Era comum eu sentir o lugar onde estava, naquele momento, como presente. E o lugar que deixei como passado, atrelando espaco a tempo dessa maneira tao... ignorante. Limitada. Parte de mim ainda entra em pane quando descubro que Brasilia continua exisitindo, mesmo sem meus olhos para atestarem suas avenidas e o florescer dos ipes. Quando cheguei la, as flores ja estavam caindo.
Quando voltei a Nova Iorque, as construcoes na estacao de metro da rua 96 ja haviam acabado. Aquele transtorno do meu presente recem-passado seguiu seu rumo, e cessou, mesmo que meu corpo nao sentisse o desligar das furadeiras e as botas dos trabalhadores subindo as escadas, em direcao a casa.
Tudo parece um vai-e-vem, uma famosa volta de 360 graus, quando o lugar de partida e de chegada e o mesmo.
1 comment:
Ei, você é um caramujinho e eu uma caracola!
Lembra do meu texto da caracola?
Pois é, Ju. O mundo gira, gira, as coisas mudam, mudam e nós, nós continuamos as mesmas... pelo menos na essência.
Beijos de saudades.
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